Simpa diz que buscará diálogo com Marchezan, mas que não aceitará parcelamento de salários
Luís Eduardo Gomes
Em seu primeiro discurso como prefeito eleito, Nelson Marchezan Jr. (PSDB) afirmou que a Prefeitura deve, nos próximos quatro anos, enfrentar sua pior situação financeira nas últimas décadas (Sabe disso porque foi a favor da PEC 241, que congelou o orçamento de todas prefeituras do Brasil, incluindo Porto Alegre). Por outro lado, em diversos momentos da campanha e em debates, mesmo quando não perguntado diretamente sobre o assunto, ele disse que não iria ceder a pressões de sindicatos caso fosse eleito. Para os servidores do município, fica o temor de que, assim como ocorre com o funcionalismo estadual, os salários sejam congelados e até pagos parceladamente nos próximos anos.
Alberto Terres, um dos diretores-gerais da direção recém-eleita do Sindicato Municipários de Porto Alegre (Simpa), afirma que a entidade irá buscar o diálogo com o próximo prefeito e terá o compromisso de garantir e ampliar direitos dos 25 mil trabalhadores (entre ativos e inativos).
“Pelas informações que nós temos, o gasto com os funcionários públicos municipais é de 42% da receita, ou seja, bem abaixo do limite prudencial. Se a Prefeitura de Porto Alegre tem problemas financeiros, nós entendemos que os funcionários do município não podem ser os primeiros a serem prejudicados. Qualquer prefeito terá que dialogar com a categoria e dizer que, se a intenção dele é parcelar ou cortar salários, explicar porque irá cortar dos funcionários e não em outros setores da administração”, disse. “Para nós, não se justifica qualquer ameaça de parcelamento de salário”.
Fonte: SUL21