segunda-feira, 3 de abril de 2017

OP - Orçamento Participativo POA - Nelson Marchezan não garante

Responsável por colocar Porto Alegre no mapa da política internacional, servindo de modelo para iniciativas replicadas em Paris, Barcelona, Bruxelas, Toronto, Lisboa e em milhares de outras cidades, o Orçamento Participativo está em xeque na Capital. Em um seminário no mês passado, o prefeito Nelson Marchezan anunciou a suspensão, pelos próximos dois anos, das assembleias que encaminham demandas da população. Alegou falta de recursos. O período servirá para a discussão de um novo formato para o OP no futuro.

OP - Orçamento Participativo POA - Nelson Marchezan não garante


As assembleias regionais e temáticas, realizadas anualmente, são encontros nos quais a população define demandas para serem incluídas no orçamento da prefeitura — além delas, existem fóruns mensais em que conselheiros e delegados eleitos pelas comunidades discutem esses temas. Segundo um levantamento feito pela atual gestão e utilizado como uma das justificativas para a suspensão das assembleias, das mais de 9,2 mil solicitações feitas entre 1990 e 2016, quase 2,4 mil estão pendentes. Integrantes da gestão passada dizem que o não cumprimento das demandas ocorreu em função de critérios técnicos e financeiros.
Nelson Marchezan não garante que o que ficou para trás será solucionado. Nos próximos meses, serão feitas reuniões nas 17 regiões do OP para que população defina prioridades entre as pendências. Nem todas serão executadas.
Apesar de a nova gestão garantir a continuidade do OP, agentes políticos e especialistas acreditam que a ferramenta de participação popular criada no governo do petista Olívio Dutra, no final da década de 1980, está sob ameaça. Isso porque a primeira vez em quase 30 anos que um governo suspendeu o processo coincide com um momento de crise no modelo de discussão.
— Acho que há um grande risco. Esse cancelamento é um precedente extremamente crítico, porque pode começar a esvaziar o processo, e ele perderá a capacidade de se reproduzir — diz Cézar Busatto, que comandou a Governança Local entre 2005 e 2016.
Não há uma data emblemática para o começo da agonia do OP em Porto Alegre. As primeiras tensões surgiram ainda nos governos petistas, na década de 1990. A intenção era ampliar o debate sobre as questões orçamentárias da cidade, mas as demandas da comunidade começaram a se sobrepor. As assembleias e os fóruns foram, cada vez mais, reduzidos a encaminhamento de problemas que exigiam investimento da prefeitura, sem uma reflexão maior sobre como viabilizá-los. A cada ano, pendências se acumulavam.
A reformulação ideal do processo, para especialistas, incluiria a retomada do debate do orçamento como um todo, e não apenas de uma verba específica destinada a obras. Segundo Busatto, a prefeitura tem resistido à discussão de temas como a estrutura tributária para evitar conflitos com empresários e corporações. Enquanto isso, as lideranças comunitárias do OP, em grande parte vinculadas a partidos políticos, usam o formato atual, focado nas demandas pontuais, para fazer carreira política ou alcançar cargos dentro da prefeitura.
— O OP vive um momento de grande crise. Ele nasceu para discutir todo o orçamento, não para apenas dinheiro novo para novas demandas. Todo esse conjunto, incluindo a receita, precisa ser discutido. O OP tem de ser repensado. Mas do ponto de vista de discussão de gestão, recurso e resultados, vejo um grande caminho pela frente — opina Busatto.
Reconhecimento da ONU e do banco mundial
Apesar de não ser unanimidade, poucas coisas são tão genuinamente porto-alegrenses quanto o Orçamento Participativo. Sua implantação na Capital, em 1989, motivou visitas de autoridades do mundo todo, que se inspiraram no modelo gaúcho para implantar a participação popular em diversas cidades. A Organização das Nações Unidas (ONU) e o Banco Mundial reconheceram o projeto como exemplo bem-sucedido de ação comum entre governo e sociedade civil.
— Do ponto de vista político, inclusive desde a ótica do marketing político da cidade, seu significado é enorme. Por exemplo, quando em Paris se cria um orçamento participativo, o nome da capital gaúcha é mencionado. O mesmo ocorre em Nova York, também em Barcelona e em várias outras cidades em nível internacional. Esse é um patrimônio político tão significativo que chega a ser impossível de medir — destaca o professor Alfredo Alejandro Gugliano, do departamento de Ciência Política da UFRGS.
Para Gugliano, que estuda orçamentos participativos há mais de uma década, a suspensão das assembleias representa uma perda na "qualidade democrática" da Capital. Apesar dos percalços, o OP ainda é visto como um mecanismo que viabiliza um controle, por parte da população, do que é feito com os recursos públicos.
— É um grande retrocesso do ponto de vista da cidadania. Em vez de ampliar a capacidade dos cidadãos acompanharem e interferirem na gestão municipal, estamos ampliando a autonomia governamental. Ou seja, está sendo retirada das mãos dos porto-alegrenses a capacidade de discutir e decidir onde é aplicada parte significativa dos investimentos municipais. Precisamente o contrário do que vem sendo levado adiante nas principais cidades do planeta.

quinta-feira, 16 de março de 2017

Marchezan quer IPTU mais caro em 2018

Marchezan quer IPTU mais caro em 2018
Nelson Marchezan Júnior diz que, além da questão da arrecadação, medida se dá por justiça fiscal 

PMPA/JC Guilherme Kolling 

O projeto para atualizar a planta de valores do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) de Porto Alegre será enviado neste ano à Câmara Municipal. A informação foi confirmada ontem pelo prefeito Nelson Marchezan Júnior. 

"É uma necessidade, não só financeira do município, mas uma questão de justiça. Temos a planta mais antiga do Brasil entre todas as capitais", disse o prefeito à reportagem, antes do lançamento da programação da Semana de Porto Alegre, no Cine Capitólio. 

Técnicos da Secretaria Municipal da Fazenda trabalham em um estudo para revisar os valores do tributo pela cidade, o que não é feito desde o início da década de 1990. 

O levantamento deve ser concluído até o final de abril e, a partir daí, será enviada uma proposta à Câmara de Vereadores. Marchezan não sabe se isso será feito no primeiro ou no segundo semestre, mas tem clareza de que a pauta deve ser vencida neste ano. Com isso, após a tramitação no Legislativo, o IPTU terá novos valores em 2018 - assim, o tributo ficaria mais caro já no próximo ano.

 - Jornal do Comércio  

sábado, 11 de março de 2017

Municipários de Porto Alegre aderem à greve geral

Em assembléia na tarde de quinta-feira, os funcionários da prefeitura de Porto Alegre decidiram aderir à greve geral, convocada por diversas centrais sindicais para a próxima quarta-feira, 15.
A greve é contra as reformas da Previdência e das Leis Trabalhista, que o governo Temer pretende aprovar no Congresso.
A assembléia foi no Centro de Eventos do Parque Harmonia e contou com mais 3 mil servidores, segundo o Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa).
Após formularem uma agenda de mobilização, a categoria saiu em marcha pelo centro da cidade até o Paço Municipal.
Os municipários defendem que a situação financeira de Porto Alegre é diferente da situação do estado do Rio Grande do Sul. Na assembleia foi apresentado um estudo do Dieese, que aponta que a Dívida Consolidada Líquida do RS representa 212, 95% da sua Receita Corrente Líquida, quando o limite definido pelo Senado Federal é de 200%. Já a Dívida de Porto Alegre representa 21,70% da sua Receita Corrente Líquida, sendo de 120% o limite definido pelo Senado.

Também foi apresentado demonstrativo do comprometimento da folha de pessoal da Prefeitura. Porto Alegre não atingiu o limite prudencial estabelecido na Lei de Responsabilidade Fiscal, que é de 60%. Em 2016, o percentual de comprometimento foi de 51,67%. O percentual está abaixo do registrado em 2013 (52,05%).

Agenda de mobilização dos municipários:
10/3 – Reunião do Conselho de Representantes da Atempa (18h, no Simpa)
13/3 – Mobilizações Regionais da Educação
14/3 – Ato Público “Educação toma a Cidade”, junto com as comunidades escolares (no período da tarde)
15/3 – Adesão dos municipários à Greve Geral contra as Reformas da Previdência e Trabalhista
16/3 – Assembleia da Educação (no período da tarde)

Marchezan e sindicato dos funcionários não se entendem

O prefeito Nelson Marchezan suspendeu a reunião com o Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa), marcada para a manhã desta quinta-feira, 09.
A prefeitura afirma que convocou o encontro para apresentar os números do orçamento municipal, que mostram despesas maiores do que a receita.
Os municipários, porém, alegam que foi o Simpa quem solicitou a reunião e que a pauta era outra.
A pauta do sindicato trazia pontos específicos: o decreto municipal que altera os horários na Educação, o decreto que trata do ponto eletrônico, funções gratificadas e substituições e  hora-extra.
Além do prefeito Marchezan, participaria do encontro o secretário da Fazenda, Leonardo Busatto.
A direção do sindicato afirma que tem interesse em debater as finanças municipais, mas que precisaria de mais tempo para se preparar.
Segundo o Simpa, o “convite” do prefeito, para conhecer o fluxo de caixa da Prefeitura, chegou ao sindicato na véspera, às 17h15min, sem tempo para preparação da discussão sobre o orçamento.
“A situação só demonstra a necessidade de reforço da nossa mobilização contra os ataques aos direitos da população e da categoria municipária e contra a propaganda enganosa facilmente disseminada na mídia, sem grandes questionamentos”, diz nota postada no site do Simpa..
A assessoria do gabinete do prefeito afirmou que tratativas para a reunião sobre o fluxo do caixa vinham sendo realizadas há alguns dias e que a data já estava definida. Segundo o gabinete, a direção do sindicato chegou à reunião propondo outra pauta.
O sindicato afirma que o pedido de uma reunião para tratar de uma pauta de reivindicações havia sido encaminhado antes do convite do prefeito.
Uma nova reunião deve ser marcada para tratar do tema do fluxo de caixa.
Em relação às pautas propostas pelo Simpa, a prefeitura considera que são pautas específicas e que precisam ser tratadas com os respectivos secretários.
Na segunda-feira, 6, a Câmara manteve o veto do prefeito a uma lei aprovado em dezembro, proibindo a Prefeitura de parcelar os salários, como vem fazendo há dois anos o governo estadual.

quinta-feira, 9 de março de 2017

Marchezan está certo, os professores estão errados

Marchezan está certo, os professores estão errados
Foto: Maia Rubim/Sul21
Em sua coluna no jornal Zero Hora do dia 7 de março, o jornalista David Coimbra apresentou razões pelas quais acredita que “Marchezan está certo, os professores estão errados” (este era, aliás, o título do artigo) na questão da reforma imposta sem diálogo pela SMED à rede escolar do Município.
Respondemos, aqui, ao texto de David, para esclarecer alguns pontos equivocados da sua análise.
O colunista começa dizendo: “Para quem não sabe do que se trata: o prefeito quer que os professores fiquem mais tempo com os alunos em sala de aula. São 15 minutos a mais de aula por semana para o professor, o que resulta em três horas e 45 minutos a mais para o aluno. Para o professor, pouco; para o aluno, muito.
Isso é uma mentira da prefeitura repetida inocentemente pela imprensa, que também parece não saber do que se trata. O que acontece de verdade nas escolas: hoje, os alunos entram na escola às 7h30min e saem às 12h. Pela imposição da SMED, os estudantes entrariam na escola às 8h e sairiam às 12h. Isso dá meia hora a menos por dia.
David continua assim: “Para alcançar esse resultado, as escolas não podem mais dispensar os alunos às 10h nos dias de reunião pedagógica semanal. Os alunos, agora, têm de ficar com um professor substituto durante as reuniões.”
Ora, esse “professor substituto” que surgiu, sabe-se lá como, no texto na reforma da SMED é uma entidade mitológica que ninguém na prefeitura é capaz de explicar. NÃO EXISTE essa figura nas escolas e a contratação de substitutos para atuarem durante as reuniões é algo muitíssimo improvável de acontecer, já que a plataforma de Marchezan Júnior é de REDUÇÃO de gastos e não de contratação de mais pessoal. Com quem ficarão os alunos durante as reuniões? O próprio secretário Adriano Naves de Brito, em comparecimento à Câmara, afirmou que caberá à administração escolar definir quem será o responsável pelos alunos durante as reuniões, sem oferecer qualquer tipo de suporte para as direções. A SMED cria o problema e não oferece a solução.
Em seguida, David questiona a própria necessidade de reuniões pedagógicas nas escolas: “Fui aluno, minha mãe foi professora, meu filho é aluno, conheço algo dos sistemas de educação do Brasil e dos Estados Unidos, e nunca tive notícia dessa necessidade de as escolas cortarem meio dia de aula todas as semanas. Sempre tive aula de segunda a sexta, às vezes sábado, no mínimo das oito ao meio-dia, não raro tendo de voltar à escola à tarde para a educação física. Por que não pode ser assim nas escolas municipais de Porto Alegre?”.
Caro David, as reuniões pedagógicas são uma CONQUISTA da rede municipal de Porto Alegre e, além disso, cumprem o disposto na Lei de Diretrizes e Bases da Educação, no Plano Nacional de Educação e os Parâmetros Curriculares Nacionais, que determinam um trabalho interdisciplinar nas escolas. Nossos professores e professoras precisam planejar as atividades pedagógicas e construir planos integrados de ação, e TODOS os membros da equipe têm de participar. Para haver interdisciplinaridade, os profissionais das diferentes disciplinas precisam sentar e dialogar.
Além do mais, querer que cada minuto da carga horária seja cumprido dentro da sala de aula, sem espaço para atividades de planejamento, é uma visão mercadológica do ensino. Escola não é linha de montagem e o trabalho do professor não é quantitativo, mas qualitativo. Planejar é parte fundamental do processo pedagógico e isso deve ser feito dentro da carga horária dos profissionais na escola.
O colunista continua seu texto fazendo uma ode ao servilismo e à moral bovina: “O prefeito não tem apenas o direito de mudar os horários dos professores, tem obrigação de fazê-lo, se é algo compatível com o programa que apresentou nas eleições. Você, assalariado, decide os horários da empresa em que trabalha? Os professores poderiam perfeitamente aceitar a mudança e colaborar para que fosse aperfeiçoada. Mas, não. O que há é manha.”
Talvez o jornalista não saiba, pois a educação não é a sua área direta de trabalho, mas uma das dimensões fundamentais do ensino público é a GESTÃO DEMOCRÁTICA. Nossas escolas não são linhas de montagem controladas por capatazes, mas espaços horizontais de construção coletiva de conhecimentos e de práticas. Em vez de dialogar com as comunidades escolares e propor uma reforma que contemplasse a realidade das escolas e as necessidades dos estudantes e professores, o prefeito e seu secretário inventaram uma reforma que muda o que não precisa ser mudado e precariza as atividades pedagógicas.
O resto do artigo nem merece resposta, pois o autor para de tratar da reforma do ensino para dizer que o Brasil virou um caos porque o brasileiro reclama demais. Sua solução para melhorar o país parece ser sugerir que o povo baixe a cabeça e aceite o que vem de cima, sem contestação.
As comunidades escolares de Porto Alegre, que, felizmente, discordam do colunista, estão fazendo justamente o oposto: resistindo ao autoritarismo de Marchezan Júnior e de seu secretário de Educação. Não estamos sozinhos nessa luta; os estudantes e seus pais estão ao nosso lado na busca por um ensino melhor, por uma cidade melhor. Na mesma manhã em que a coluna de David Coimbra foi publicada, alunos e familiares se reuniram em frente à EMEF Villa-Lobos, na Lomba do Pinheiro, para protestar contra as modificações autoritárias. Essa luta cresce nas demais escolas da rede e não cessará enquanto a voz das comunidades escolares e não for ouvida.
Todo nosso apoio a quem vive a educação: estudantes, familiares, professores, equipes diretivas e funcionários das escolas.
.oOo.
Prof. Alex Fraga é vereador de Porto Alegre pelo PSOL.

Marchezan nega recursos para carnaval em Porto Alegre

Marchezan nega recursos para carnaval em Porto Alegre
O prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Júnior, anunciou nesta terça-feira (10) que não vai financiar o desfile de carnaval na cidade. O comunicado foi feito durante reunião com representantes das escolas de samba no Paço Municipal.

Durante o encontro, integrantes da Liga Carnavelesca apresentaram uma alternativa para Marchezan, com menos investimento por parte do município. No entanto, o prefeito sequer analisou a proposta para não dar "falsas esperanças".

O presidente da Liga Independente das Escolas de Samba de Porto Alegre (Liespa), Juarez Gutierres de Souza, observou que são necessários pelo menos R$ 3 milhões para o desfile. "Nós iremos desfilar. De que forma, ainda não sabemos."

O carnavalesco observou que, durante a reunião, as escolas tentaram a liberação de R$ 2,1 milhão dos cachês das 26 entidades e para o pagamento de jurados, som e guinchos, o que não foi aceito.

"Fomos demonstrar para o prefeito que não estávamos em busca de aporte financeiro para evento comercial. Mas que nós somos cadeia produtiva que gera riqueza para a cidade de Porto Alegre." Gutierres disse não estar surpreso com a decisão. "Não podemos esmorecer", afirmou.

Marchezan não assina carta do Cidades Sustentáveis

Marchezan não assina carta do Cidades Sustentáveis
Chefe do Executivo recebe de Oded Grajew
documento com metas MARCELO G. RIBEIRO/JC
Apesar de o coordenador-geral do Programa Cidades Sustentáveis e idealizador do Fórum Social Mundial, Oded Grajew, ter insistido para o prefeito Nelson Marchezan Júnior (PSDB) assinar, ontem de manhã, a carta de compromisso com o desenvolvimento sustentável, o tucano pediu alguns dias para ver se as prioridades da entidade estão alinhadas à sua gestão. "Não vou assinar a carta". 

Ao receber a comitiva do programa no seu gabinete, Marchezan convidou os representantes do programa a se acomodarem nas cadeiras de mogno, estilo clássico, forradas de veludo, dispostas na sala no formato de um semicírculo. Sentado ao lado do tucano, Grajew explicou como funciona o programa. "Nosso trabalho é transformar em metas as propostas de campanha dos candidatos que se elegeram. Os prefeitos que assinam a carta se comprometem a apresentar um planejamento para executar o seu próprio plano de governo, além de concordar em discuti-lo com a população, através de audiências públicas e de uma plataforma virtual", resumiu.

Depois de ouvir por cerca de meia hora as explicações, Marchezan pediu licença para ir ao toalete. "Enquanto isso, vou pensar que contrapartidas vocês podem dar à prefeitura de Porto Alegre", disse o prefeito em tom de brincadeira. Quando voltou não só anunciou que não iria assinar a carta-compromisso, mas também pediu duas contrapartidas. "Não tenho vergonha em dizer que estou com dificuldades em conseguir um nome para a pasta de Meio Ambiente e Sustentabilidade. Vocês indicariam alguém de São Paulo (onde mora Grajew) com visão ambiental e conhecimento na área de planejamento urbano? 

Os nomes daqui de Porto Alegre são, muitas vezes, associados a instituições que atuam ou atuaram", questionou. E prosseguiu: "Se eu assinar a carta, quantas pessoas vocês podem me mandar para prestar uma consultoria na questão do desenvolvimento sustentável?". Os representantes do Programa Cidades Sustentáveis pareceram ter ficado surpresos. 

Mas logo explicaram que não fornecem consultorias, mas outras maneiras de auxiliar as prefeituras a cumprir as metas. Grajew relatou que as ONGs Rede Nossa São Paulo e Rede Social Brasileira por Cidades Justas e Sustentáveis disponibilizam aos prefeitos um conjunto de ferramentas para implantar uma gestão sustentável. Por exemplo, um banco de práticas com casos exemplares nacionais e internacionais. - 

Fonte: Jornal do Comércio  
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