Chefe do Executivo recebe de Oded Grajew documento com metas MARCELO G. RIBEIRO/JC |
Ao receber a comitiva do programa no seu gabinete, Marchezan convidou os representantes do programa a se acomodarem nas cadeiras de mogno, estilo clássico, forradas de veludo, dispostas na sala no formato de um semicírculo. Sentado ao lado do tucano, Grajew explicou como funciona o programa. "Nosso trabalho é transformar em metas as propostas de campanha dos candidatos que se elegeram. Os prefeitos que assinam a carta se comprometem a apresentar um planejamento para executar o seu próprio plano de governo, além de concordar em discuti-lo com a população, através de audiências públicas e de uma plataforma virtual", resumiu.
Depois de ouvir por cerca de meia hora as explicações, Marchezan pediu licença para ir ao toalete. "Enquanto isso, vou pensar que contrapartidas vocês podem dar à prefeitura de Porto Alegre", disse o prefeito em tom de brincadeira. Quando voltou não só anunciou que não iria assinar a carta-compromisso, mas também pediu duas contrapartidas. "Não tenho vergonha em dizer que estou com dificuldades em conseguir um nome para a pasta de Meio Ambiente e Sustentabilidade. Vocês indicariam alguém de São Paulo (onde mora Grajew) com visão ambiental e conhecimento na área de planejamento urbano?
Os nomes daqui de Porto Alegre são, muitas vezes, associados a instituições que atuam ou atuaram", questionou. E prosseguiu: "Se eu assinar a carta, quantas pessoas vocês podem me mandar para prestar uma consultoria na questão do desenvolvimento sustentável?". Os representantes do Programa Cidades Sustentáveis pareceram ter ficado surpresos.
Mas logo explicaram que não fornecem consultorias, mas outras maneiras de auxiliar as prefeituras a cumprir as metas. Grajew relatou que as ONGs Rede Nossa São Paulo e Rede Social Brasileira por Cidades Justas e Sustentáveis disponibilizam aos prefeitos um conjunto de ferramentas para implantar uma gestão sustentável. Por exemplo, um banco de práticas com casos exemplares nacionais e internacionais. -
Fonte: Jornal do Comércio